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4 de mai. de 2010

Fábulas - 4

A velha e suas criadas





Uma viúva econômica e zelosa tinha duas empregadas. As empregadas da viúva trabalhavam, trabalhavam e trabalhavam. De manhã bem cedo tinham que pular da cama, pois sua velha patroa queria que começassem a trabalhar assim que o galo cantasse. As duas detestavam ter que levantar tão cedo, especialmente no inverno, e achavam que se o galo não acordasse a patroa tão cedo talvez pudessem dormir mais um pouco. Por isso pegaram o galo e torceram seu pescoço. Mas não estavam preparadas para as conseqüências do que fizeram. Porque o resultado foi que a patroa, sem o despertador do galo, passou a acordar as criadas ainda mais cedo e punha as duas para trabalhar no meio da noite.

Moral: Muita esperteza nem sempre dá certo.

(Esopo)
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O Asno e o Velho Pastor


Um pastor observava tranqüilo seu asno pastando em uma verde pradaria.

De repente ouviu ao longe os gritos de uma tropa inimiga que se aproximava rapidamente.

Ele rogou ao animal para que este corresse levando-o na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de que não fossem ambos capturados. O asno com calma, falou:

* Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego, outros dois?
* Não - respondeu o pastor.
* Então - disse o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já possuo, que diferença faz a quem estou servindo?


Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
(Esopo)
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As árvores e o machado

Um lenhador foi até a floresta pedir às árvores que lhe dessem um cabo para seu machado. As árvores acharam que não custava nada atender ao pedido do lenhador e na mesma hora resolveram fazer o que ele queria. Ficou decidido que o freixo, que era uma árvore comum e modesta, daria o que era necessário. Mas, assim que recebeu o que tinha pedido, o lenhador começou a atacar com seu machado tudo o que encontrava pela frente na floresta, derrubando as mais belas árvores. O carvalho, que só se deu conta da tragédia quando já era tarde demais para fazer alguma coisa, cochichou para o cedro:

- Foi um erro atender ao primeiro pedido que ele fez. Por que fomos sacrificar nosso humilde vizinho? Se não tivéssemos feito isso, quem sabe viveríamos muitos e muitos anos!

Moral: Quem trai os amigos pode estar cavando a própria cova.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

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O burro e o cachorrinho


Um homem tinha um burro e um cachorrinho. O cachorro era muito bem cuidado por seu dono, que brincava com ele, deixava que dormisse no seu colo e sempre que saía para um jantar voltava trazendo alguma coisa boa para ele. O burro também era muito bem cuidado por seu dono. Tinha um estábulo confortável, ganhava muito feno e muita aveia, mas em compensação tinha que trabalhar no moinho moendo trigo e carregar cargas pesadas do campo para o paiol. Sempre pensava na vida boa do cachorrinho, que só se divertia e não era obrigado a fazer nada, o burro se chateava com a trabalheira que ficava por conta dele.

"Quem sabe se eu fizer tudo o que o cachorro faz nosso dono me trata do mesmo jeito?", pensou ele.

Pensou e fez. Um belo dia soltou-se do estábulo e entrou na casa do dono saltitando como tinha visto o cachorro fazer. Só que, como era um animal grande e atrapalhado, acabou derrubando a mesa e quebrando a louça toda. Quando tentou pular para o colo do dono, os empregados acharam que ele estava querendo matar o patrão e começaram a bater nele com varas até ele fugir da casa correndo. Mais tarde, todo dolorido em seu estábulo, o burro pensava: "Pronto, me dei mal. Mas bem que eu merecia. Por que não fiquei contente com o que eu sou em vez de tentar copiar as palhaçadas daquele cachorrinho?"

Moral: É burrice tentar ser uma coisa que não se é.
(Esopo)
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O Cachorro e sua Sombra



Um cachorro com um pedaço de carne roubada na boca estava atravessando um rio a caminho de casa quando viu sua sombra refletida na água.

Pensando que estava vendo outro cachorro com outro pedaço de carne, ele abocanhou o reflexo para se apropriar da outra carne, mas quando abriu a boca deixou cair no rio o pedaço que já era dele.

Moral: a cobiça não leva a nada.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

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O Abuso de Confiança

A abelha e a formiga sentiam um grande carinho uma pela outra. Além disso, que coincidência: a primeira gostava dos alimentos que sua amiga armazenava durante o verão; e a formiga era louca pelo mel produzido pela abelha. Isso dava lugar a uma intensa troca de presentes entre as duas.

Numa ocasião, a abelha saiu de viagem e deixou as chaves de sua casa com a formiga. Passados alguns dias esta sentiu a tentação de entrar na casa da amiga e servir-se de um pouco de mel. Mas conteve-se na última hora.

- Oh, não! Fazer isso seria um abuso de confiança, uma coisa indigna de nossa amizade, pensou ela.

Meses depois, foi a vez da formiga ver-se obrigada a deixar seu lar por algum tempo. Naturalmente deixou as chaves com sua amiga íntima. No dia seguinte, a abelha entrou na casa da formiga, enquanto dizia:

- Bah! Tenho a certeza de que quando lhe deixei as chaves de minha casa, ela deve ter assaltado a minha despensa. E fez isso com muita arte, pois desde que cheguei, por mais que procure, não consigo achar as marcas do roubo. Agora é a minha vez e farei um grande banquete à sua custa!

Qual das duas é verdadeiramente digna de amizade, amigo?
(Desconhecido)
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O Canguru que Saltava para Trás

Num país muito longínquo, nasceu um dia um canguruzinho que tinha uma qualidade muito curiosa. Saltava para trás, ao contrário de todos os outros animais de sua espécie. Isso fazia dele alvo da zombaria dos outros.

O canguruzinho, que era muito sensível, sofria muito e todas as noites chorava desconsolado, sem que ninguém visse. Um dia, o môcho, sábio e compreensivo, aproximou-se dele, dizendo:

- De nada adianta ficar chorando pelos cantos. Se você se esforçar e treinar um pouco será capaz de saltar para frente como os outros cangurus. É uma questão de perseverança.

O canguruzinho compreendeu que o macho tinha razão. Nessa mesma noite, começou a praticar no seu cantinho. Progredia rapidamente e, num belo dia, no meio da admiração geral, o canguruzinho deu uma autêntica exibição de saltos para a frente.

Satisfeito e orgulhoso, o canguruzinho passou a considerar-se igual aos demais. Mas, na realidade, ele era mais capaz que os outros, porque era o único que sabia também saltar para trás!

(Desconhecido)
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O Cão Raivoso

Um cachorro costumava atacar sorrateiramente e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente.

Seu dono então, pendurou um sino em seu pescoço pois assim ele alertava as pessoas de sua presença onde quer que estivesse.

O cachorro cresceu orgulhoso e, vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua.

Um velho cão de caça então lhe disse:

- Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega não é, acredite, nenhuma honra ao mérito, mas ao contrário, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.

Engana-se quem pensa que notoriedade é fama.
(Esopo)
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O Cavalo Descontente

Sempre podemos encontrar motivos para nos sentirmos descontentes, se quisermos. Podemos, também, encontrar argumentos para nos considerarmos afortunados por estarmos vivos. Tudo depende da maneira como cada um vê a existência.

Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno, desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora descansasse tranqüilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca.

- Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que nasce na primavera! dizia o pobre animal.

A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita.

- Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! lamentava-se o cavalo.

Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte.

- Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação terminariam seus males.

Mas no outono teve que carregar lenha para que seu dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer.

Quando o inverno chegou novamente, e o cavalo pode finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso tentar fugir do momento presente e refugiar-se na quimera do futuro. Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da vida e do trabalho.

É melhor descobrir o que a vida tem de bom momento a momento, vivendo o presente da melhor forma possível.
(desconhecido)
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O Castor Desportista

O castorzinho tornou-se um grande comilão. Por mais que a sua mãe esconda os alimentos e as guloseimas, ele procura e remexe todos os armários até encontrar o quitute que procura.

- Mamãe, quer que eu morra de fome? Lamenta-se o castorzinho, enquanto fareja dissimuladamente a geladeira.

- Você acabou de fazer seu lanche e já está pensando em comer? E ainda por cima, acusa-me de deixá-lo morrer de fome! É o cúmulo! Exclama ela, contrariada.

- Ora, mamãe, eu só quero um pedacinho de bolo! Pede ele com doçura.

- Está bem, está bem! Dez de que me deixe trabalhar em paz! Rende-se a mãe já farta de tanta comédia.

O castorzinho vive comento. O seu estômago parece um baú sem fundo. Por mais que seu dono lhe dê comida, nunca é suficiente. Dessa forma, o castorzinho começa a engordar... Como é vaidoso, olha-se diariamente no espelho. Começa a ficar preocupado com as papadas que aparecem debaixo do focinho e com aqueles "pneus" ao redor da cintura.

Seu amigo coelhinho cruza com ele na rua e assusta-se com o seu aspecto.

- Puxa, castorzinho! Você parece uma baleia! Minha mãe, que gordo!

- Bom, não acho que seja tanto! Protesta o castorzinho vermelho de vergonha, por ver que nesse instante vão passando algumas garotas, que olham para ele.

- Em um mês, ponho você em forma, castorzinho! Promete o coelhinho. A ginástica é a melhor coisa para esses casos.

- Ah, é? Interessa-se o castorzinho, que, arrependido de sua gulodice, aceita imediatamente a proposta do amigo.

A partir desse dia, começa o intenso treinamento. Caminhadas, ciclismo, ginástica sueca e outros feitos heróicos. Mas o exercício desperta-lhe uma fome atroz. Em vez de perder peso, ele continua engordando, engordando...

Depois de muito pensar, o castorzinho compreende que fazer ginástica é muito bom. Mas ainda melhor é comer somente a quantidade necessária... E nada mais!

(Desconhecido)
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O Coala Sujo

Tudo é uma questão de costume, mas tomar banho era algo superior às forças daquele coala. A água e o sabão aterrorizavam-no e ninguém conseguia convencê-lo da necessidade de andar por aí limpo. Era tanta a sujeira, que em casa e na escola, todos o evitavam, com um gesto de nojo. Na verdade, o coala tinha um cheiro muito desagradável.

Desiludido, o pequeno coala subia às árvores mais altas, desejoso de encontrar um cantinho tranqüilo. Mas nem assim! De vez em quando, encontrava algum pássaro muito asseado que, horrorizado, o expulsava de seus domínios a bicadas.

A vida tornou-se insuportável para o coala. Até que finalmente, ele resolveu enfrentar o problema.

- Vejamos, disse para si mesmo. Não seria preferível passar um mal bocado todas as manhãs e depois poder usufruir de uma vida normal durante todo o resto do dia, em vez de continuar nessas tristes condições o dia inteiro?

Assim pensando, o coala chegou à conclusão correta. Enchendo-se de coragem entrou numa banheira bem cheia de água e sabão. Bem limpo e perfumado, o coala surpreendeu agradavelmente a toda gente. Os parentes, amigos e colegas receberam-no na comunidade de braços abertos.

Ao fim de algumas semanas, o coala até já achava agradável tomar seu banho. Quando o sapato aperta, amigo, o jeito é encolher os dedos.

(Desconhecido)

2 comentários:

  1. Parabéns amiga, pela sua meta de EDUCAÇÃO, que é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar,socializar e não aceitar tudo que a elas propõem. A socialização dos seus textos só vem colaborar com o nosso trabalho de educadores.

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  2. Essas fábulas são demais

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