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4 de mai. de 2010

Fábulas - 5

O Corvo e o Jarro

Um corvo que estava sucumbindo com muita sede encontrou um jarro, e, na esperança de achar água, voou até ele com muita alegria.

Quando o alcançou, descobriu para sua tristeza que o jarro continha tão pouca água em seu interior que era impossível tirá-la de dentro.

Ele tentou de tudo para alcançar a água que estava dentro do jarro, mas todo seu esforço foi em vão.

Por último ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e colocou-as uma-a-uma dentro do jarro, até que o nível da água ficasse ao seu alcance e assim salvou sua vida.

A necessidade é a mãe das invenções.
(Esopo)
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O galo e a raposa

O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço.

-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.

-Não. Que novidade é essa?

-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.

-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.

-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.

O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.

-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.

-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.

-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.

-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.

-Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!

E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.

Moral: é preciso ter cuidado com amizades repentinas.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

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O gato, o galo e o ratinho

Um ratinho vivia num buraco com sua mãe, depois de sair sozinho pela primeira vez, contou a ela:

- Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei!

Um era bonito e delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando ondas.

O outro era um monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.

- Ah, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.

Moral: Jamais confie nas aparências.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
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O homem, seu filho e o burro


Um homem ia com o filho levar um burro para vender no mercado.

– O que você tem na cabeça para levar um burro estrada afora sem nada no lombo enquanto você se cansa? – disse um homem que passou por eles.

Ouvindo aquilo, o homem montou o filho no burro, e os três continuaram seu caminho

– Ô rapazinho preguiçoso, que vergonha deixar o seu pobre pai, um velho andar a pé enquanto vai montado! – disse outro homem com quem cruzaram.

O homem tirou o filho de cima do burro e montou ele mesmo. Passaram duas mulheres e uma disse para a outra:

– Olhe só que sujeito egoísta! Vai no burro e o filhinho a pé, coitado...

Ouvindo aquilo, o homem fez o menino montar no burro na frente dele. O primeiro viajante que apareceu na estrada perguntou ao homem:

– Esse burro é seu?

O homem disse que sim. O outro continuou:

– Pois não parece, pelo jeito como o senhor trata o bicho. Ora, o senhor é que devia carregar o burro em lugar de fazer com que ele carregasse duas pessoas.

Na mesma hora o homem amarrou as pernas do burro num pau, e lá se foram pai e filho aos tropeções carregando o animal para o mercado. Quando chegaram, todo mundo riu tanto que o homem, enfurecido, jogou o burro no rio, pegou o filho pelo braço e voltou para casa.

Moral: Quem quer agradar todo mundo no fim não agrada ninguém.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
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O Leão e o Esquilo

Fazia muito calor e o leão decidiu procurar um lugar fresco onde pudesse descansar. Ali, esticou e agitou sua cauda preguiçosamente, enquanto o tempo passava. De repente, um esquilo saiu de uma moita próxima e, imprudentemente, passou por debaixo das barbas do rei das selvas. O leão sentiu vontade de brincar com o esquilo e começou a persegui-lo. O pobre animalzinho pensou que o leão quisesse comê-lo. Tremendo da cabeça ao rabo, suplicou que lhe poupasse a vida.

- Se me soltar, bom leão, prometo ajudá-lo a lutar contra seus inimigos, disse o esquilo morto de medo.

- Ah! ah! ah! Que ajuda você pode me dar, bichinho insignificante? Vá embora depressa antes que eu perca a paciência! respondeu o leão menosprezando-o.

O tempo passou. Um dia, o orgulhoso rei das selvas caiu numa armadilha feita por caçadores. Debateu-se muito, tentando corajosamente livrar-se da rede, mas nada conseguiu. Então apareceu o esquilo que, pacientemente, começou a roer a rede com seus dentinhos afiados. Dessa maneira conseguiu libertar o leão.

Arrependido pelo desprezo com que tratava o animalzinho, desculpou-se com ele.

- Perdoe-me, esquilo. Agora compreendo que todos os animais, por menores que sejam, merecem o maior respeito. Prometo que nunca mais voltarei a rir de você, disse o leão.

- Não se preocupe, bom amigo. Sábio é aquele que reconhece a tempo os seus erros, respondeu o esquilo.

Daquele momento em diante, os dois tornaram-se amigos inseparáveis e puderam, juntos, enfrentar os perigos da selva.

(desconhecido)

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